segunda-feira, dezembro 12, 2005

Cavaco vs Louçã (III)

Último debate até à data. Cavaco again, desta feita mais nervoso ou não fosse o seu oponente Louçã, o temível, com a receita do costume. Aquela simpatia que não é natural, muito menos honesta, mas que serve de bandeira, auxílio à ideologia alternativa, o sorriso de vice-reitor de seminário, a conversa do costume que não muda o palanque nem o actor, só muda a circunstância. Quanto mais vezes o actor representa melhor lhe sai o texto mas menos vezes se emociona, maquinal. Três ou quatro golpes preparados para incomodar (os piores o de Nogueira Leite e o do «Nelson») e uma tentativa de vitimização «verifico que me interrompe muitas vezes», ao jornalista, decerto feito com o adversário. Cavaco mais próximo do discurso de quem vota nele. Remetendo algumas respostas sobre cenários possíveis para os serviços administrativos do Estado, disse um exagero (o dos imigrantes) considerado asneira. Sendo Louçã um exagerado ideológico terá que ser considerado, pela mesma linha de raciocínio, uma enorme asneira.