Ouvido e pensado
Um tuno na Antena 3: “Andamos nesta vida... a trazer a tradição académica para Lisboa”.
Reparem: “a trazer”. Se estão “a trazer”, é porque ela não existia cá por baixo. Felizmente. Foi o que eu sempre disse. Não se traz (no seu vocabulário imperfeito de tuno, o verbo trazer foi empregue como sinónimo de “implantar”) alguma coisa se ela já cá existisse.
Típico.
Primeiro o cliché: “andamos nesta vida”. O que é que ele queria: andar pela morte? Mas, por acaso, acho a ideia transmitida absolutamente exacta... é mesmo isso que os tunos fazem: andam pela vida. Não estudam. Não fazem nada de remotamente produtivo. Tirando, é claro, o contributo para a indústria têxtil (por causa dos trapos pretos), a metalúrgica (por causa dos ferrinhos), e para a cervejeira (porque alguém vestido assim tem que beber muito álcool para se sentir bem consigo próprio).
Depois a afirmação, mais ou menos resignada, daquilo que o pobre pensa ser alguma espécie de missão ou supremo sentido da sua vida: trazer a tradição académica para Lisboa.
Sim. Era mesmo só o que faltava cá em Lisboa, a tradição académica...
O tuno acrescenta: “tuno uma vez, tuno para o resto da vida”.
Ou seja, não há cura conhecida. É um bicho que, uma vez dentro do organismo, já não sai.
Apelo por isso à industria farmacêutica: tentem encontrar uma cura por favor.
Antes que eles “tragam” a tradição académica para Lisboa.
Reparem: “a trazer”. Se estão “a trazer”, é porque ela não existia cá por baixo. Felizmente. Foi o que eu sempre disse. Não se traz (no seu vocabulário imperfeito de tuno, o verbo trazer foi empregue como sinónimo de “implantar”) alguma coisa se ela já cá existisse.
Típico.
Primeiro o cliché: “andamos nesta vida”. O que é que ele queria: andar pela morte? Mas, por acaso, acho a ideia transmitida absolutamente exacta... é mesmo isso que os tunos fazem: andam pela vida. Não estudam. Não fazem nada de remotamente produtivo. Tirando, é claro, o contributo para a indústria têxtil (por causa dos trapos pretos), a metalúrgica (por causa dos ferrinhos), e para a cervejeira (porque alguém vestido assim tem que beber muito álcool para se sentir bem consigo próprio).
Depois a afirmação, mais ou menos resignada, daquilo que o pobre pensa ser alguma espécie de missão ou supremo sentido da sua vida: trazer a tradição académica para Lisboa.
Sim. Era mesmo só o que faltava cá em Lisboa, a tradição académica...
O tuno acrescenta: “tuno uma vez, tuno para o resto da vida”.
Ou seja, não há cura conhecida. É um bicho que, uma vez dentro do organismo, já não sai.
Apelo por isso à industria farmacêutica: tentem encontrar uma cura por favor.
Antes que eles “tragam” a tradição académica para Lisboa.
2 Comments:
Ó valha-me Deus, não se pode tomar as partes pelo todo.
Até concordo consigo, sabe, e entendo a mensagem do seu texto, mas na realidade eu fiz parte do coro da Universidade durante 4 anos e olhe que nunca perdi um ano, nem a postura e ainda tive tempo para uma pós-graduação, veja lá :)
Mas o seu texto tem uma mensagem, e na verdade roça a realidade, é um facto. Sim, é verdade, muitos tunos são tunos porque:
É giro (no meu tempo era mais, é um facto).
As borgas são muitas (algumas de mau gosto).
Traz inúmeras vantagens em termos de acesso a exames, número de matrículas, etc (pelo menos, no meu tempo, era assim).
A avó fica babada de orgulho.
Há sempre uma boa desculpa para fugir a responsabilidades: os ensaios, os espectáculos etc etc e os estudos quase que passam para segundo plano porque a carreira a seguir é a de tuno e depois é-se estudante porque sem este não se pode ser o outro.
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