terça-feira, novembro 08, 2005

Lisboa, a cidade que dorme

O lamentável episódio com The Gift à porta do Budha Bar e as filas intermináveis que antecedem a porta do Lux ao fim de semana, são duas faces da mesma mentalidade pouco atenta e vão mostrando porque a noite de Lisboa está cada vez mais afunilada e pouco imaginativa tanto da parte de quem sai, como da parte de quem gere e não oferece alternativas consistentes, isto quando elas existem. Falo do costume. Bares com muitos lugares sentados a passar o tipo de música que ouvimos no CD do carro, bons espaços de vocação multi-área disseminados à volta de Lisboa para que haja a hipótese da não vinda para Lisboa com todos os custos que isso acarreta (começando pelo uso do automóvel), utilização de espaços públicos como locais de convívio (praças, avenidas, largos), discotecas com decoração decente onde as pessoas não tenham medo de ir «por ficar mal» e onde não se ande ao engate antes das 4 da manhã, opções durante a semana porque nem toda a gente madruga no dia seguinte, bares de música ao vivo com agenda própria, festas temáticas, festas patrocinadas, festas e pessoas que gostem de dançar, etc. Uma ideia sistemática de noite e não um isolado copo entornado. Isto se aceitamos uma tentativa mais cosmopolita de cidade...