sexta-feira, outubro 07, 2005

QFN, dois anos de blogue (2)

Conclusão: As primeiras vezes são sempre difíceis.

É interessante este sentimento que se abate sobre uma pessoa e que provoca a declaração: "É a vida".

Geórgia (não, não é um estado americano).

Toda a gente inteligente que eu conheço, foge à visão de uma câmara, quanto mais deixar que um jornalista lhe faça perguntas do género: "Então como é que se sente neste momento?"

Não se previu nem uma, nem duas, nem três, mas sim quatro, minhas senhoras e meus senhores, quatro ligações de TGV a Espanha. Porque não seis? Pode ser que à meia dúzia saia mais barato, ou que nos deêm um conjunto de atoalhados e um balde de plástico...

Desculpem lá não fazer posts muito bonitos cheios de poesia, mas o meu curso prepara-me para ser prático e ir direito ao assunto, sem rodeios. Eu também sou um bocado assim.

"Desce daí Marquês, há incompetentes na Câmara outra vez".

Eu sou benfiquista. Tendo dito isto tenho de desabafar: Um estádio não é uma catedral.

Estava à bocado a ouvir uma entrevista de um artista português a uma televisão portuguesa em que se queixava duramente do nosso paí­s: que nao havia cultura, que há 20 anos que não evoluímos, etc, culminando com a minha favorita: não há "apoios"... Apoios? Mas ao que é que ele se refere? A si­tios onde por os copos? A sutias? Bancos altos?

Sou um jovem, considero-me saudável, mas... sou míope. Serei lixo genético?

Só tenho pena que mais uma vez o título tenha sido mal traduzido, será que ainda não perceberam que antes de dar nome ao filme convém vê-lo e ver se tem alguma coisa a ver?

Muito gostam as pessoas de contar histórias, de dizer coisas. Num autocarro, numa repartição, numa bicha para qualquer coisa, lá está alguém a contar uma história das suas vidas.

A imagem de Alberto João I Rei da Madeira, vestido de guerreiro zulu, a cantar "I can't get no satisfaction" invade-me a mente...

Mas porquê tratar todas as pessoas pelo diminutivo? Será que nos conhecemos desde os 4 anos? Mas acham o quê, que se tornam mais simpáticas?

Ver cinema alternativo, género afegão ou palestiniano (já não basta ser europeu... como até à uns anos atrás); ouvir o último projecto de trash-metal-funk-rock-goth-gang'sta reagge-martelada (pop é que não, tudo menos pop) a vir directamente das caves de Nova Iorque ou Nuremberga, ou melhor, a denominada "musica do mundo" (género ranchos foclóricos, mas como é feito por uma ganesa, filipina ou tibetana torna-se o supra sumo dos supra sumos).

Senhores passajeiros, estamos agora a entrar numa zona de turbulência. Por favor apertem os cintos, vamos entrar no país controlado pelo carrocel das decisões do Santana.

Quando a minha mãe andava na universidade, não havia praxes. Ora a tradição é suposto ser uma coisa que se baseia no facto de ser uma prática imemorial.

Será que "bom dia" tem de ser seguido por um ponto de exclamação?

Canas! Caniços! Caniçal! Bambú!
E ouvir aquela gente a dizer que "isto está pior que no tempo do Salazar"... a desfaçatez, a falta de pudor em afirmar isso. No tempo desse senhor já eles tinham levado com a GNR montada a cavalo em cima.

É Natal. A boa noticia: é só até Domingo.

«Concorda com a votação por maioria qualificada, a carta dos direitos fundamentais, a concessão da personalidade jurídica, judiciária e fiscal da União Europeia, a fusão dos três tratados fundadores num só visando a simplicidade e transparencia do funcionamento da União (e não conseguindo), com a fusão do átomo, a PAC, a anti-matéria, a cooperação judiciária entre as entidades policiais dos países membros, o anatocismo, o uso de carros a hidrogéneo, o principio do primado, o Benfica é o maior, Rato love Káthia V@nessa amor sem fim, a entrada da Turquia, a invasão do Iraque, a diminuição do limite das águas territoriais, a integração na Espanha, Canas a concelho porque isto aqui, isto aqui é outro Timor, é outra Bósnia, outro Iraque, e tudo, e tudo, e tudo, a inclusão de uma referência a Deus e à Santa Madre Igreja no Tratado, e já agora de Nossa Senhora que salvou as nossas costas do petróleo do Prestige (porque se estivessemos à espera do Paulinho.... bem tinhamos ficado lixados, nem sei se na altura já era Ministro do Mar e da prevenção dos Barcos do Aborto ou ainda não), da instituição de um imposto europeu, de todos os Durões passarem a Barrosos, o Pacto de Estabilidade e Desenvolvimento (que disso só tem o nome) e enfim queres que Portugal continue a ganhar o dinheirinho das europas ou queres que voltemos a ser um país do terceiro mundo (o que, no fundo, no fundo, ainda não deixamos de ser...)?»

Detesto quando alguma rapariga me classifica como “querido”. Isso é a sentença de morte de qualquer esperança minha de um relacionamento amoroso futuro.

Será que passou por aí um memorando a dizer que agora era socialmente aceitável usar chinelos de meter o dedo em todas as situações e em todos os lugares e ninguém me disse?

Notícias fresquinhas. «Os portugueses trouxeram o chá da China».

Vivemos na alegre apatia lusa. Não façam barulho, ainda acordam alguém.


[Posted by Rui]

4 Comments:

Blogger carlos paulo said...

Há momentos divinais por aqui. Por isso mesmo, limito-me a dizer que também nunca gostei que elas - porque foram algumas - me chamassem de querido.

10/07/2005 06:43:00 da manhã  
Blogger Rita said...

Parabéns pelos 2 anos : )) E continua porque gostamos de te ler ; ) (http://ritabatatafrita.blogspot.com - nova morada)

10/08/2005 01:02:00 da tarde  
Blogger Lolita said...

Parabéns GAJOS! Eu sei que já venho tarde mas andei perdida pelo Mundo! beijos para os 3 QFN!

10/13/2005 05:29:00 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Enjoyed a lot! » »

2/05/2007 03:28:00 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home