«Bué d'alternativo»
“O Bloco é energia alternativa”. Alternativa? Alternativa a quê? Energia alternativa? Será que querem dizer que como passam muito tempo ao sol, podem aproveitar a energia solar? Ou que, como têm a cabeça vazia, pode entrar vento e produzir energia eólica? Ou são tão quentes que produzem energia geotérmica? Nem vou explorar a piada fácil da bio-massa...
Tudo isto para dizer que me irrita esta ideia do “alternativo”. Vamos pensar um bocadinho todos juntos: se uma coisa é “alternativa” é porque, necessariamente existe uma outra coisa, não necessariamente o seu oposto, mas apenas uma outra hipótese, pela qual é possível optar. Ou seja, se existe uma coisa “alternativa”, tem que existir uma outra coisa de que esta é “alternativa”. Ora, se assim é, tanto é alternativa uma como a outra. Para uma ser alternativa, a outra tem, forçosamente, também de o ser.
Ao qualificar determinada realidade como alternativa, nada mais estão a afirmar que esta é uma hipótese que se pode escolher entre outras. Absolutamente mais nada. “Alternativa” não pode ser uma corrente política, uma forma de vestir, de falar, de se comportar, um género de música, uma forma de se armar ao intelectual, uma qualidade, enfim. Isto pura e simplesmente porque todas as correntes políticas, formas de vestir, de falar, de se comportar, correntes músicais e formas de se armar ao intelectual, todas as qualidades, enfim, são “alternativas” umas às outras. É isto que significa ser alternativo. Só.
Portanto, se querem dizer que isto ou aquilo são “fora do comum”, ou “não convencionais”, ou “contra-corrente”, ou mesmo “contra-sistema”, digam-no, por favor. Não vamos começar a inventar coisas parvas.
Vamos todos poupar a língua portuguesa, está bem?
P.S.: um dia hei-de falar sobre a palavra “radical”...
Tudo isto para dizer que me irrita esta ideia do “alternativo”. Vamos pensar um bocadinho todos juntos: se uma coisa é “alternativa” é porque, necessariamente existe uma outra coisa, não necessariamente o seu oposto, mas apenas uma outra hipótese, pela qual é possível optar. Ou seja, se existe uma coisa “alternativa”, tem que existir uma outra coisa de que esta é “alternativa”. Ora, se assim é, tanto é alternativa uma como a outra. Para uma ser alternativa, a outra tem, forçosamente, também de o ser.
Ao qualificar determinada realidade como alternativa, nada mais estão a afirmar que esta é uma hipótese que se pode escolher entre outras. Absolutamente mais nada. “Alternativa” não pode ser uma corrente política, uma forma de vestir, de falar, de se comportar, um género de música, uma forma de se armar ao intelectual, uma qualidade, enfim. Isto pura e simplesmente porque todas as correntes políticas, formas de vestir, de falar, de se comportar, correntes músicais e formas de se armar ao intelectual, todas as qualidades, enfim, são “alternativas” umas às outras. É isto que significa ser alternativo. Só.
Portanto, se querem dizer que isto ou aquilo são “fora do comum”, ou “não convencionais”, ou “contra-corrente”, ou mesmo “contra-sistema”, digam-no, por favor. Não vamos começar a inventar coisas parvas.
Vamos todos poupar a língua portuguesa, está bem?
P.S.: um dia hei-de falar sobre a palavra “radical”...
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