quarta-feira, setembro 21, 2005

Uma Questão de Educação

Vou dizer um lugar comum: Aquilo que se passa em certas Câmaras neste país é uma vergonha. Outra coisa, esta relativamente nova é afirmar a responsabilidade dos eleitores. São eles que elegem as bestas que presidem a algumas Câmaras e que habitam o poder local no geral. E o problema é que, sabendo que eles praticaram crimes, tendo sido condenados por tribunal judicial (peculato de uso, no caso de Marco de Canavezes. Como o se presidente foi impedido, pela sentença de continuar a exercer o cargo nesse Município, decidiu mudar-se para Amarante) ou são suspeitos de crimes gravíssimos (Oeiras, Felgueiras, Gondomar). E há forte hipótese de serem reeleitos. Isto só é possível porque os munícipes acham que o dinheiro que foi roubado não é deles, é do “Estado”. Newflash: O Estado somos todos nós... somos nós que estamos a ser roubados, enquanto colectividade e são os eleitores desses municípios que permitem a continuação da actividade criminosa. Nesse sentido podem ser considerados cúmplices...
Soluções possíveis: se forem reeleitos, só restam duas soluções. A primeira é o Estado dever recusar-se a financiar fosse o que fosse naqueles Municípios. Diria algo como: “não confio na vossa gerência, arranjem-se sozinhos”. Se esses eleitores confiarem realmente nas pessoas que elegem não devem ter problemas em entregar-lhes, directamente, o seu dinheiro para gerir. Ou não? Nesse caso não os deviam ter eleito, não?
A outra é a minha favorita. Seria abolir a autonomia local nesses Municípios. Esses eleitores já provaram que não saem utilizar bem os votos. E estão a lesar, conscientemente, o Erário público. Então declarava-se Estado de Sítio, nomeava-se um governador, enviava-se o Exército (se não estivesse muito ocupado em manifestações ou reuniões sindicais e não exigisse ordem judicial para cumprir ordem superiores) e essas câmaras deixariam de existir. Os eleitores frequentariam cursos sobre educação cívica. Quando se provassem maturos o suficiente, então voltava a autonomia.
Depois havia a questão da Madeira...