domingo, fevereiro 06, 2005

Enfim, auto-flagelação

A pessoa que mais, não digo, foi a minha ex-namorada. Nunca algo pôde ser tão trágico. Ela é inteligente. Eu sou idiota. Ela é linda. Eu dou ares. Ela é simpática, sociável e alegre. Eu quanto muito sou adaptável e exagerado. Ela é sensual. Eu sou um actor. Ela é uma bomba. Eu sou limitado. Ela sabe que por vezes mais vale omitir. Eu para as verdades que digo mais valia mentir. Ela é tolerante. Eu faço escolhas. Ela ama as pessoas. Eu amo o mundo. Nos raros momentos em que está presente tenho dísparos de adrenalina sucessivos. E de testosterona. E sinapses em estímulos desordenados. Fico nervoso. Fico encantado. Não consigo comportar-me. Tenho ciúmes, sou imaturo, dou cabo da minha frágil reputação. Imagino duelos terríveis e finais com pretendentes. Choro como um puto. Tenho sonhos. Sofro pesadelos. Eu, não disse. Ela não me liga. Procuro entreter-me. Depois volto ao poço. No meu telemóvel chove continuamente. Ela é o único raio quente que me faria feliz. É importante que as pessoas não se percam no meio de considerações estéticas ou existenciais. Depois acabam por não dizer. É bom aprender cedo. Escrevi. Agradeço muito. Quantos sorrisos me libertam.

3 Comments:

Blogger Lolita said...

Guarda em ti essas lembranças bonitas do que ela foi para ti. Lembrar é viver um amor.

2/07/2005 11:14:00 da manhã  
Blogger Roxanne said...

oi Samuel, obrigada pela visita. Gostei do que li e voltarei mais vezes...ainda bem que aprendeste, que escreveste, que disseste...tudo. Beijinho

2/07/2005 11:39:00 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Cool blog, interesting information... Keep it UP » » »

4/26/2007 06:06:00 da tarde  

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