Rodapé
Não me apetece escrever sobre o mundo. É distanciado da notícia que me habituo. Tomo-me de parte. A manchete não passa de quadrículas desenhadas a enquadrar bonecos. A minha agenda olha indiferente; passo as páginas de todos os nomes. A infinita tentativa de contornar a pobreza esbarra na repetição. Deslizo para um patamar de desinteresse. Torno-me mais igual. Celebrar com avidez é agora esforço demasiado. Viver apagado. Devo conhecer muita gente que passa a vida «em baixo».
No próximo domingo ao nascer do Sol quero outro escritor a dar-me boleia até casa. Vá, pode ser o António Lobo Antunes. Talvez ele me ensine a amar uma pedra. Como é que se ama uma pedra? Como é que se ama? Posso tratar-te por Tó Lobo? Eu Hei-de Amar. Esta é uma boa semana. É uma boa semana e amanhã talvez escreva sobre fadas. Alguém, por favor, me apague essa inutilidade.
No próximo domingo ao nascer do Sol quero outro escritor a dar-me boleia até casa. Vá, pode ser o António Lobo Antunes. Talvez ele me ensine a amar uma pedra. Como é que se ama uma pedra? Como é que se ama? Posso tratar-te por Tó Lobo? Eu Hei-de Amar. Esta é uma boa semana. É uma boa semana e amanhã talvez escreva sobre fadas. Alguém, por favor, me apague essa inutilidade.
2 Comments:
Creio que é possível amar uma pedra...não acho é que o Lobo Antunes o tenha conseguido explicar...apesar de só ter conseguido ler 45 páginas e mais uma dezena salteada até ao final...se conseguires perceber o segredo, dizes-me?
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