Algures adiante
É a história de três ou quatro. Num delirante contínuo espremedor. Não sei até que ponto, mas cá para mim cresceste com os ares do mar. Essa coisa do iodo. Há sempre uma coisa qualquer que faz bem a outra coisa qualquer. A chamada complementaridade. Bom, tu fazes-me bem a mim. O que vale umas vezes pode não valer as vezes todas. Gostava que me visses nas minhas melhores circunstâncias. Grande conveniência esta. Nunca tinha dispensado muito tempo aos alfinetes-de-ama. Amas-me? Entrei numa loja de importação asiática a preços convidativos a contas bancárias de pensionistas. O resultado foi provisionar-me com dois espelhos no bolso de dentro. Nunca os utilizo porque a mim bastam-me as casas de banho e as montras. Minto. E os vidros dos carros. Às vezes na amenidade monocórdica dos diálogos saco de um espelho e empresto-o. Quando o recupero de volta, inútil reflexo, só viu um ou outro cabelo ser recolocado em lugar mais oportuno. Tudo no seu devido lugarzinho. Ou um sorriso tímido. Tu olhas para ti e ris-te timidamente? Foda-se. É que eu farto-me de rir. Não vejas a tua cara. Vê antes a cara que mereces.
4 Comments:
Queria comentar no post anterior mas algo se passa e não consigo. O que vou escrever, vale sobretudo para aquele mas não deixa de ser extensível a este ;-)
Líndissima escrita. Fluente, "limpa", ritmada. Despojada de "ses" e "considerandos" inúteis. Que nos atinje e não deixa indiferentes. Parabéns.
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