terça-feira, maio 18, 2004

José Ramos Horta, esse "falcão" suspeito.

O novo governo socialista em Espanha cedeu às ameaças terroristas e retirou as suas tropas do Iraque. O mesmo aconteceu com as Honduras e a República Dominicana e é muito provável que não sejam os últimos. Com a perspectiva de que segurança vai piorar, temos de aceitar que mais alguns países - que não valorizam o que o Mundo tem a ganhar com a construção de um Iraque livre - irão retirar.

Seja o que for que os governos em retirada engendrem, cada vez que um país abandona o Iraque é uma vitória para a Al Qaeda e outros extremistas. Eles tiram a conclusão de que a coligação é fraca e que quantos mais ataques terroristas realizarem, mais países retirarão.
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A queda de Saddam é, em contrapartida, uma oportunidade para construir um novo Iraque pacífico, tolerante e próspero. É isso que os extremistas de todo o mundo muçulmano tentam impedir. Eles sabem que um Iraque livre minaria fatalmente o seu objectivo de purgar de toda a influência ocidental o mundo muçulmano, derrubar os regimes seculares da região e impor regimes semelhantes ao que existia no Afeganistão sob os talibã. E sabem que se forçarem os países ocidentais a retirar do Iraque isso será um grande passo para atingir esse objectivo, pondo em perigo a existência dos regimes moderados - do Médio Oriente ao Magreb e Sul e Sudeste Asiáticos. Se esses regimes caíssem, centenas de milhares de muçulmanos que hoje denunciam os "males" do imperialismo económico e cultural ocidental afluiriam à Europa, Estados Unidos, Canadá e Austrália em busca de refúgio.
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Há quem me acuse de ser mais um fomentador da guerra do que um Nobel da Paz, mas não tenho medo de confrontar os meus críticos. É sempre mais fácil dizer não à guerra, mas ser politicamente correcto significa deixar os inocentes a sofrer, desde Phnom Penh a Bagdad. E é isso que quem foge do Iraque corre o risco de estar a fazer.


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