Provocações.
Este post não significa regozijo, significa lamento.
Após uns meses de várias voltas à blogosfera tentei identificar, ou pelo tipo de escrita ou por referências mais ou menos esclarecedoras, quais os blogues cujos autores têm uma idade aproximada sub-30. Conclusão: uma maioria de blogues jovens são aflitivos. Ou depressivos ou esotéricos. Outros (femininos na sua grande maioria) vão simplesmente do apático ao patético. Os depressivos gostam sempre de se menorizar, a vida parece madrasta, tudo corre mal. Chove sempre «lá fora». Nos depressivos existe um subgrupo bastante visível que é o poético-melancólico revestindo-se de dimensões dantescas quando os autores do blogue e os autores dos poemas coincidem. Eu por mim acho que essas pessoas ficam deprimidas exactamente por se aperceberem que não têm nada para dizer. Ora criar um blogue e não ter nada para dizer é, no mínimo, masoquista. Vão por mim: apaguem-no. Depois temos os esotéricos, que no fundo também são um pouco depressivos, pejados de imagens cheias de «alquimia», referem bastas vezes o «sol» e a «lua» e estão sempre a falar de «fragmentos» e «pedaços». Que vidas desfeitas são essas? Depois também existem os apáticos. Estes funcionam do seguinte modo: a autor(a) levanta-se da cama e pensa «vou escrever que não tenho nada para escrever», no final desloca-se à sala deita-se no sofá e passa o resto da tarde a fazer festas ao gato. Isto não é certo, podem sempre existir variantes, em vez do gato pode existir um livro do Paulo Coelho, o que em termos de exercício mental vai dar no mesmo. Depois ainda temos os «blogues de humor», na sua maioria masculinos, em que o autor se esforça por ter muita piada. Estes ainda assim são um mal menor, porque de desgraça em graça o cérebro vai mexendo. Que intelectualidade é esta, jovens portugueses? Comprai antes um diário na loja dos trezentos e guardai-o a sete chaves debaixo da cama.
Após uns meses de várias voltas à blogosfera tentei identificar, ou pelo tipo de escrita ou por referências mais ou menos esclarecedoras, quais os blogues cujos autores têm uma idade aproximada sub-30. Conclusão: uma maioria de blogues jovens são aflitivos. Ou depressivos ou esotéricos. Outros (femininos na sua grande maioria) vão simplesmente do apático ao patético. Os depressivos gostam sempre de se menorizar, a vida parece madrasta, tudo corre mal. Chove sempre «lá fora». Nos depressivos existe um subgrupo bastante visível que é o poético-melancólico revestindo-se de dimensões dantescas quando os autores do blogue e os autores dos poemas coincidem. Eu por mim acho que essas pessoas ficam deprimidas exactamente por se aperceberem que não têm nada para dizer. Ora criar um blogue e não ter nada para dizer é, no mínimo, masoquista. Vão por mim: apaguem-no. Depois temos os esotéricos, que no fundo também são um pouco depressivos, pejados de imagens cheias de «alquimia», referem bastas vezes o «sol» e a «lua» e estão sempre a falar de «fragmentos» e «pedaços». Que vidas desfeitas são essas? Depois também existem os apáticos. Estes funcionam do seguinte modo: a autor(a) levanta-se da cama e pensa «vou escrever que não tenho nada para escrever», no final desloca-se à sala deita-se no sofá e passa o resto da tarde a fazer festas ao gato. Isto não é certo, podem sempre existir variantes, em vez do gato pode existir um livro do Paulo Coelho, o que em termos de exercício mental vai dar no mesmo. Depois ainda temos os «blogues de humor», na sua maioria masculinos, em que o autor se esforça por ter muita piada. Estes ainda assim são um mal menor, porque de desgraça em graça o cérebro vai mexendo. Que intelectualidade é esta, jovens portugueses? Comprai antes um diário na loja dos trezentos e guardai-o a sete chaves debaixo da cama.
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