Esther Mucznik no Publico de Sexta-Feira: 'A Nova Geração Árabe'.
"Gosto de cantar, porque, quando canto, faço algo que não me é imposto..." Palavras de uma jovem iraniana, uma entre os muitos jovens entrevistados para um excelente documentário, recentemente transmitido no canal Odisseia. Intitulado "A nova geração árabe", o documentário dá a palavra a jovens universitários do Líbano, da Síria, da Jordânia, do Irão e do Egipto e do Sudão.
O que dizem esses jovens? O seu ódio à América ou Israel? O seu fervor na "jihad"? Nada disso. Como no Ocidente, encontramos jovens que bebem, fumam e cultivam a sua aparência, jovens preocupados com o seu futuro e com o futuro do seu país, cheios de sonhos e projectos. Mas, diferentemente dos europeus, com uma verdadeira ânsia de democracia e de liberdade. "Queremos liberdade de expressão, sonhamos com ela", disseram todos os entrevistados sem excepção. "Aqui não se mostra a realidade. Estamos mais informados sobre o que se passa em Israel ou nos EUA do que sobre o que se passa aqui."
Pró-ocidentais esses jovens? Não forçosamente, mas não é isso que importa. O que importa é perceber que para uma larga maioria de jovens da classe média (os mesmos que poderão ter um papel de liderança nas sociedades do mundo árabe) não é a revolução islâmica que os faz sonhar, mas sim a liberdade. E aquilo que os aflige é a descrença total e absoluta nos regimes ditatoriais, corruptos e retrógrados que os governam. Por isso não é de admirar que um desses jovens, inquirido sobre o que faria se lhe dessem um passaporte americano, tenha respondido: "Preferia que não fosse a América, mas claro que aceitaria. Quem não aceitaria?"
O que dizem esses jovens? O seu ódio à América ou Israel? O seu fervor na "jihad"? Nada disso. Como no Ocidente, encontramos jovens que bebem, fumam e cultivam a sua aparência, jovens preocupados com o seu futuro e com o futuro do seu país, cheios de sonhos e projectos. Mas, diferentemente dos europeus, com uma verdadeira ânsia de democracia e de liberdade. "Queremos liberdade de expressão, sonhamos com ela", disseram todos os entrevistados sem excepção. "Aqui não se mostra a realidade. Estamos mais informados sobre o que se passa em Israel ou nos EUA do que sobre o que se passa aqui."
Pró-ocidentais esses jovens? Não forçosamente, mas não é isso que importa. O que importa é perceber que para uma larga maioria de jovens da classe média (os mesmos que poderão ter um papel de liderança nas sociedades do mundo árabe) não é a revolução islâmica que os faz sonhar, mas sim a liberdade. E aquilo que os aflige é a descrença total e absoluta nos regimes ditatoriais, corruptos e retrógrados que os governam. Por isso não é de admirar que um desses jovens, inquirido sobre o que faria se lhe dessem um passaporte americano, tenha respondido: "Preferia que não fosse a América, mas claro que aceitaria. Quem não aceitaria?"
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