Educação tecnólogica de classe
O Governo anunciou a possibilidade do alargamento da educação tecnológica. Logo se ergueram as vozes do costume. Que era a elitização do ensino. Que todos devem ter acesso ao ensino superior. Mas isto são falácias de tal maneira enraizadas no discurso oficial de certos sectores dos poderes instituidos que são quase tidos como certos. Mas então e o meu direito a uma educação profissional ou pelo menos profissionalizante? Ou será que temos de ser todos Dr? Uma das coisas que mais falta neste país são quadros médios, bons profissionais e competentes. Há operários especializados que ganham mais do que professores universitários (também não é preciso muito). Por tudo isto, toda esta discussão é derivada de efabulações de teses que assentam em crenças e não em factos. Todas as escolas profissionais estão a abarrotar de alunos e aí as taxas de abandono são muito mais baixas. Essas teses, nem quando foram primeiramente formuladas em Portugal (há mais ou menos 30 anos) estavam certas já assentavam naquilo que posso chamar "preconceitos de classe". Mas desenganem-se: não é mau ser proletário. Acordem.
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