domingo, abril 04, 2004

«Alá e' grande, vou morrer matando!»

Esta frase da ordem do irracional foi gritada antes de um grupo de homens, ao que parece do Grupo de Combatentes Islâmico Marroquino, terem desmembrado os seus corpos com o rebentamento de bombas que os próprios deflagraram num prédio, numa localidade próximo de Madrid. O que se passa e' que o inconsciente colectivo árabe, esta' fundado numa violência gratuita que desponta perante a adversidade. Talvez tenhamos que recuar muitos séculos atras para encontrar algumas pistas: o filho que mata o pai já era regra e resultado de disputas pelo direito de sucessão a Maomé entre sunitas e xiitas. A aceitação directa de crenças religiosas por parte de certos grupos árabes não envolve nenhum esforço de raciocínio ou reflexão. Este poderoso inconsciente colectivo e' identificado quando percebemos que domina de forma absoluta o principio de realidade que, 'a partida, levaria a que o impulso de conservação da vida não fosse superado pelo sacrifício.
É a guerra do fanatismo, da intolerância e da insatisfação. Que países islâmicos mais ou menos opressores fomentam através do exercício do poder. O Iraque comportava o regime que era o expoente máximo desta forma de controlar o povo. Os terroristas árabes, forjados pela ganancia dos seus lideres, voltam-se para fora, porque estao impossibilitados de se revoltarem para dentro. O problema do terrorismo árabe reside no exercício de poder que regimes opressores levam a cabo. As pequenas minorias que detêm a gestão do poder fomentam o ódio contra as ‘democracias ocidentais’ e o ‘imperialismo norte-americano’. Os exemplos de liberdade não são bem-vindos. Não e' despiciendo que actos terroristas começaram por ser mais visiveis nos países árabes do medio-oriente onde a democracia dava passos mais seguros como e' exemplo a Turquia. Alguns estados corporativos islâmicos o que fazem e' servir-se da perturbação psicológica das massas. Naturalmente falhas e erros de política externa que o ocidente democrático adopte, principalmente os Estados Unidos, bem como as relações com Israel são rapidamente capitalizados como factores que o poder islâmico instalado aponta como ataques 'a ‘nação árabe’ que merecem uma resposta ‘adequada’. Merecem mais sangue. Neste quadro e' extraordinariamente importante um Iraque que encontre através dos seus próprios cidadãos formas de governo livre e plural enquadradas na cultura árabe que significa muito mais que ódio instigado por quem se quer manter no poder a todo o custo. Por outro lado, urge constituir um estado palestiniano o mais pacificado possível para terminar com o terrorismo de origem especifica levado a cabo por palestinianos. E para acabar também com a desculpa da ‘humilhação’. O desaparecimento de ícones como o recém assassinado líder do Hamas ou Arafat, permitem a um certo mundo árabe perder algumas referencias instigadoras de morte pela morte. E o afastamento de Israel em relação a políticas quase exclusivamente militaristas e tremendamente erradas como as do General Sharon permitem um esvaziamento do ódio de parte a parte. Assim os israelitas percebam isso e actuem conforme nas próximas eleições. Enquanto os cidadãos islâmicos não tomarem consciência de quem os governa, e a civilização árabe no seu todo não voltar aos fundamentos de civilidade de outrora, resta-nos uma Interpol eficaz... e por muito tempo nos há-de continuar a valer somente, porque mesmo no seio das sociedades ocidentais existem alguns que confundem os lados. Entretanto, Madrid aqui tao perto e ja' se assemelha a Telavive, a Jerusalem ou a Gaza.