sexta-feira, março 19, 2004

Um ano depois, o que pensam os iraquianos?

A minha posiçao favoravel 'a intervençao no Iraque, sendo eu obviamente contra 'as guerras em geral (e nao somos todos?), nunca assentou no mobil das ja tornadas caricatura pela esquerda e por Bush (oh, malvada ironia!) armas de destruiçao maciça. O que se passa e' que a deposiçao de Sadam, eterno responsavel por grande instabilidade no medio-oriente e opressor de todo um povo, por si so' valeu a intervençao armada. Foi preciso derramar sangue uma ultima vez, para que Sadam nao mais continuasse como assassino empossado. As bombas que todas as semanas explodem no Iraque sao resquicios de uma ditadura toda-poderosa e sanguinaria. A minha visao centrou-se sempre no destino dos iraquianos e na possibilidade da melhoria das condiçoes de vida de um povo que tem direito 'a liberdade e a escolher seja dentro ou fora dos seus padroes culturais especificos. Mas nao e' sobre as minhas posiçoes subjectivas (que podem ser encontradas nos arquivos) que quero falar. Quero falar daquilo que os iraquianos pensam e dos seus sentimentos e esperanças actuais, volvido um ano de ter começado a guerra, e com Sadam ainda no poder. Atraves desta sondagem feita pelo Oxford Research International para as televisoes BBC, ABC, a alema ARD, e a japonesa NHK quero destacar as seguintes conclusoes:

Their opinions are generally positive: many say their lives have improved and they're generally hopeful for the future.

Of the 2,500 people questioned, 85% said the restoration of public security was the major priority.

With the leader recently toppled, most Iraqis answered that the best thing that had happened in the last year was his
(Sadam) downfall.

Looking back, more Iraqis think the invasion was right than wrong, although 41% felt that the invasion "humiliated Iraq".

80% favoured a unified state with a central government in Baghdad - again the need for a strong leader was high among concerns (...) Perhaps reflecting the continued fears over security, only 15% said foreign forces should leave now.

Seventy percent of people said that things were going well or quite well in their lives, while only 29% felt things were bad


Esperemos que a comunidade internacional e sobretudo os novos governantes iraquianos nao defraudem as expectactivas positivas que a larga maioria do povo iraquiano tem, e que o pessimismo demonstrado por alguns iraquianos nao se confirme.

Entretanto seria bom que o primeiro-ministro espanhol tivesse, pelo menos, conhecimento desta sondagem.