segunda-feira, março 08, 2004

Submarinos sim, maternidades nao.

Este governo continua com a inutil intençao de adquirir submarinos. E nao se contentam com um. A NATO fez saber no final da semana passada que nao necessitava da contribuiçao portuguesa no que a submarinos diz respeito. Ou seja nao precisam dos nossos submarinos para nada. O que ja' se adivinhava. Mas decerto que Portugal tem importantes missoes unilaterais onde sao urgentes os submarinos. Ou o combate ao trafico de droga por via maritima, a pesca ilegal na nossa zona economica exclusiva e a actuaçao rapida em situaçoes de poluiçao e' mais eficaz com a utilizaçao de submarinos??? Nas relacoes externas Portugal gosta muito de se fazer apresentar de rabo alçado e venia pronta. Como a questao e' militar pior um pouco. O soldadinho portugues e' pobrete mas azougado. Olhai companheiros da Nato! Este Portugal e' um orgulho! Pobre e irrelevante mas com submarinos! Agora a soberba e' ao contrario. Nao sera' apenas porque a NATO fez saber que nao precisava dos nossos submarinos que nao os vamos adquirir... Vitoria do lobbi militar e do despesismo. Mas para equilibrar as contas pensemos em qualquer coisa em que se possa poupar uns trocos. Que tal fechar maternidades? Nem mais.
Albino Aroso, presidente da Comissao Nacional de Saude Materna e Neonatalidade equaciona a hipotese de encerramento das maternidades de Bragança, Chaves, Mirandela, Lamego, Guarda, Covilha, Figueira da Foz e Castelo Branco na medida em que fazem menos de 1500 partos por ano, o minimo recomendado internacionalmente para uma maternidade funcionar. Ora aqui ja' se querem seguir as recomendaçoes internacionais. E colocar os naturais da Beira Interior e de Tras-os-Montes em vias de extinçao. Ja se entreve um potencial albicastrense obrigado a nascer em Coimbra, ou mesmo a meio caminho, na ambulancia e em lugar incerto, porque no caso Coimbra fica a mais de 100 Km! Sao este tipo de medidas centralizadoras que nega 'as regioes do interior e ao pais desiquilibrado que temos o desenvolvimento e o encontro com o potencial por lapidar, primeiro fecham-se escolas do 1º ciclo depois pensa-se em encerrar maternidades. Que se saiba apesar de o numero de partos ser inferior a 1500 nao se tem conhecimento de nenhum problema de saude publica com as maternidades referidas. Espera-se que esta idiotice nao passe de um delirio passageiro de Albino Aroso, e tranquiliza-nos o facto de Adao e Silva secretario de estado adjunto do Ministro da Saude ja' ter dito que se isso acontecesse ele deixaria o governo. Ainda assim as declaraçoes levianas de Albino Aroso merecem uma veemente condenaçao por estupidez.