sábado, março 20, 2004

Ficção Científica.

O continuado alheamento de muitos jovens concidadãos merece medidas drásticas. Tanto quanto se sabe alguma racionalização e uma boa dose de arte resolveriam a questão. O problema e' que a montanha, que se saiba, nunca foi a Maome. Temos, que perante a intuição da incomodidade própria, alguns sujeitos mergulham em mais que duvidosos remédios santos. O gregarismo exagerado, as parvoíces cósmicas, os blogs desesperados, o yoga, e o Espaço Evoe não são a solução mais acertada. Mas isto pode ser só a ponta do iceberg. Eu, sempre preocupado com o estado de espirito do meu semelhante, sugeria uma provocação limite para o despertar desta gente rarefeita. Neste ponto eu aconselharia a procura de uma transgressão controlada. Predisponho-me a ser o autor da execução da seguinte solução: se fechássemos tais pessoas num cubo de dimensões quanto baste, fortemente decorado com motivos psicadelicos e luzes intermitentes, recheado de écrans em todos os ângulos geométricos a bombardear varias imagens previamente escolhidas e com uma cadencia programada por minuto, juntando um som electrónico e dançavel com o volume bem elevado baseado num sintetisador, numa bateria e num saxofone, isto aliado a uma dose simpática de heroina no sangue, coisa pouca que não queríamos criar viciados, talvez uns JB’s também ajudassem, depois provocar uns 2/3 orgasmos durante a estadia no cubo decerto seria de determinante ajuda. Tudo misturado e durante umas inesquecíveis 3 horas, estou em crer que serviria na perfeição para provocar uma injecção de vida e despertar da dormência. Depois desta experiência de certeza que o ponto alto do dia não mais seria ir tomar café depois do jantar e fofocar e, por exemplo, os donos do Espaço Evoe teriam que mudar de ramo. Só havia um problema: depois eu já não podia fazer posts a criticar as parvoíces cósmicas instaladas, mas decerto que empregaria bem melhor o meu tempo.