quinta-feira, fevereiro 05, 2004

O Mourinho de sitio nenhum.

O Mourinho só fica bem, assim mesmo em diminutivo.
Bem pequenino como a alma dele.
O Mourinho e' enviesado, o rapaz, se existe mesmo,
e' uma brincadeira de mau gosto,
porque o Mourinho e' mal-formado, o Mourinho e' deformado.
A alma do Mourinho e uma involucao ontogénica,
no mínimo descendera' de algum reptil azarado.
O Mourinho olha os outros e fica perplexo,
porque a criatura apenas quer ver aquilo que conhece:
reflexos morbidos de seres em fuga.
O Mourinho só destroi porque de outra coisa não e' capaz.
Quando de um semelhante não gosto, com Mourinho o insulto,
ele de ofendido que fica,
informa que tal nome nem ao pior inimigo se apelida.
Mourinho desrespeita,
manda e desmanda como respira,
não existe Educação ou Ética que Mourinho escute e atente.
O Mourinho como não acredita em si,
só conhece a falsidade,
ele julga que a mentira e' real,
quando por ele e' proclamada.
O Mourinho sem sentimentos, tem sempre a mesma mascara,
o ar serio e medroso de um recem-enrabado homossexual.
Quando por acaso vão contra Mourinho,
ele rápido alardeia que um crime contra a humanidade se propõem levar a cabo
e satisfeito pelo reencontro com o seu elemento natural,
insulta, ameaça, incendeia.
Não existe mais ninguém senão Mourinho,
Mourinho nega o outro.
O Mourinho moralista, de dedo em riste moraliza.
Mourinho crê que se não existisse, para sempre a humanidade,
choraria a sua ausencia.
O Mourinho quando não esta',
entretido com o seu umbigo,
fecha os olhos e imagina,
os outros em vénias sucessivas,
desesperado por lhe confirmarem a sua existência ignóbil,
porque por vezes nem Mourinho, de tão pequenino,
acredita em si próprio.
Mourinho lança ao ar e os outros que se protejam.
Mourinho e' uma invenção de algum deus frustrado,
ou quanto muito consequência,
de alguma punheta mal batida,
que por azar acertou,
num qualquer buraco fertil.