É a vida...
É interessante este sentimento que se abate sobre uma pessoa e que provoca o proferimento desta frase: "É a vida", sempre acompanhada de um suspiro ou comoção. Há também variantes sempre adaptáveis ao sitio e à situação, uma vez no hospital ouvi: "É o serviço nacional de saúde que temos", havia um critico televisivo que falava na "TQT", a televisão que temos, na altura tenebrosa do nunca saudoso Big Show Sic (é curioso, só agora reparei que todos os programas começados por big são tenebrosos), etc, etc, etc... É o conformismo que se apossa de nós ou é a consciência sempre presente na Lusitânia amada do fado, destino a que ninguém pode escapar e que podemos ver raízes nos mitos mais negros (ou belos) dos Helenos? É que se é fado, parece que é fado nosso levarmos com sempre o mesmo destino. Não será altura de mandarmos a venerável instituição suspiradoira passear e mudarmos de discurso? É que não nos podemos desculpar com o fado para sempre...
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